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Contrabandistas é um exercício de leitura, tradução e escrita realizado nos meses de junho e julho de 2020 na disciplina outros espaços da arte a partir de obras de Veronica Stigger, Marília Garcia, Valeria Luiselli, Chris Kraus e Rachel Cusk, apresentados no formato de 5 salas.


A sala VS é um espaço espremido de 200m² onde o pacto ficcional entre os leitores, uma vez rompido, possibilitou a escrita de ficções que tangem o limite da verdade/realidade em sua própria condição, tendo como mote o livro Rancho, de Veronica Stigger – livro que só existe dentro de outro livro, Sombrio, Ermo e Turvo, de VS. Nas articulações dos trabalhos desdobrados de Rancho, há um dispositivo em que a cada acesso na sala VS acontece um sumiço e uma aparição.


A sala MG apresenta palavras/sintomas coletadas e percebidas sob o efeito psicoativo das leituras de Marília Garcia: 

sobreposiçãorepetiçãosonoridaepassagempaisagemnarrativasdeimagemnãocomoilustraçãodeslocamentoslinearidadeobservaçãolinguagemincorporaçãodaspassagensritmoatocontínuodescontínuokairóskhronosestesiatempoleiturasmapasrepresentaçãodiáriodebordoecosecoecoecoefeitospsicoativoscaminhantes. É um fármaco elaborado sob dosagens cuidadosas de palavras, textos poéticos, do modo Marília de escrever.


A sala VL é um conjunto de Caixas de arquivos com peças sonoras, textos, imagens, lambes. Reunidos online, durante a quarentena, o grupo empreendeu-se num processo criativo irado (palavra-chave desse encontro). A despeito de tudo, conseguiu verter escuta, leitura e criação em torno de Arquivos das crianças perdidas e Niños perdidos, de Valeria Luiselli. Apropriações do método da escritora aqui compartilhadas cedem espaços também para quem quiser participar (e contrabandear) do seu conteúdo.

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A sala CK surge da colaboração de pessoas com habilidades e crenças variadas. Na interpretação da torre de Babel, as diferentes linguagens não causaram a sua ruína, mas a construção de um projeto que buscou dialogar de diversas formas com os visitantes e com o universo de duas obras, I Love Dick e Torpor. Em tempos de distanciamento físico, mantiveram suas relações sociais estreitas e colaborativas, descobrindo novas formas de compor em grupo e criando dessa forma trabalhos que refletem nossas diferentes perspectivas sobre o contexto que vivemos em 2020.

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A sala RC apresenta como proposição um exercício de leitura/escuta a partir de uma conversa com Rachel Cusk. Daqui do Brasil, conectadas via web com a escritora em sua casa na cidade de Norfolk, litoral da Inglaterra, enquanto ela fumava um cigarro eletrônico, escutaram um pouco de seus relatos pessoais, seus personagens, os silêncios, o feminismo, os processos de escrita e sobre a ilusão que pode haver na ideia de verdade.

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